Meritocracia Excludente

Quando eu estava na 6ª série, estudei numa escola chamada ‘Y Bacanga’, localizada no Anjo do Guarda. A única coisa que aprendi com maestria foi o quanto o ensino nas escolas públicas pode ser ruim.

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Havia só uma professora para ensinar todas as matérias. A formação dela era o Ensino Médio completo. Isso não seria tão espantoso se a professora em questão soubesse ao menos resolver uma conta de multiplicação.

Na época, minha mãe pagava um reforço escolar porque tinha que manter os filhos num local seguro enquanto trabalhava. E de certa forma, eu sempre tive gosto pelos livros e conhecimento, o que fez com que eu tivesse um certo domínio das matérias escolares desde cedo.

Certo dia, eu e mais três colegas dissemos à professora que a conta que ela havia “resolvido” na lousa estava incorreta. Ela insistia que não e nós insistíamos que sim. Ao passo que ela começou a dizer coisas horríveis para nós. Em seguida chorou muito, dizendo que nosso único objetivo era humilhá-la. Saiu da aula e foi fazer uma queixa na diretoria.

Foi uma situação traumatizante para mim. O diretor, mesmo a par de tudo, deu razão a ela. Eu era só uma criança, o que mais poderia fazer? O pior é saber que essa situação é recorrente e dura até os dias atuais.

Ouço a maioria das pessoas dizerem que com o PT finalmente o pobre teve oportunidade. Questiono: o pobre (que vive na miserabilidade e representa 30% da população) ou o que acha que é pobre (mas é classe média e representa 53% da população). Naquela turma havia inúmeras pessoas em piores condições que eu. Mas eu tive a chance de sair da escola em busca de um ensino melhor, elas não.

Sou completamente a favor dos programas sociais. Mas também sou inconformada e acho que dá para fazer muito mais pelos brasileiros. Se querem realmente que os pobres tenham mais chances, nossos governantes deveriam investir em bolsas desde o ensino básico – ou melhorar o sistema de ensino público, o que se mostra menos provável.

Cotas só no momento da faculdade enaltecem a meritocracia num país onde as pessoas não tem oportunidades iguais. E, na minha opinião, isso é muito injusto e excludente.

Como é ser estudante universitário?

Passar no vestibular e entrar numa boa faculdade provavelmente é o maior sonho de muitos estudantes do ensino médio. Por isso, por meio deste post pretendo dizer sem ilusões como é a vida acadêmica.

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Para mim, está cada vez mais claro que o ambiente acadêmico tem um papel fundamental no crescimento pessoal dos estudantes. Na universidade você aprende muito mais que uma grade curricular: é o momento de lidar com críticas ruins, transformar erros em aprendizado, solucionar problemas, aprofundar conhecimentos, entender e ter um bom relacionamento com o outro.

Na faculdade passamos por muita coisa boa e ruim. Mas creio que nada é em vão, principalmente se tivermos sabedoria o suficiente para lidar com situações difíceis.

Lembro-me que logo no primeiro período, eu e mais 5 pessoas formamos um grupo para fazer um trabalho. Era a época das eleições presidenciais de 2014 e os ânimos das pessoas estavam à flor da pele. No meio da atividade, uma integrante do grupo começou a falar sobre política e não demorou muito para que todos discutissem a questão. Em um dado momento ela disse: “Alguém já pode jogar um bomba no Nordeste. Aquele povo idiota só sabe fazer filho para ganhar Bolsa Família”.

Obviamente, fiquei muito nervosa com as palavras dela e partimos para uma discussão bem acalorada. Eu disse, entre outras coisas, que achava a fala dela muito preconceituosa e ofensiva. A garota, por outro lado, revidou dizendo que era apenas a opinião dela e que não se importava com o que eu pensava a respeito disso. O momento passou, fizemos o trabalho sem mais problemas e tiramos 9,5.

No terceiro período, eu mais 3 pessoas fizemos um curta. O filme tinha 30 cenas e absolutamente todas foram duramente criticadas pelo professor perante a turma inteira. Eu diria que a parte mais difícil da faculdade é lidar com a rejeição. É praticamente impossível não sofrer na vida acadêmica, pois estamos o tempo todo sendo colocados à prova por intermédio de nossas ideias e projetos. Por fim, aceitei o fato.

Quando a cidade do Rio completou 450 anos, o grupo de Publicidade do sexto período resolveu fazer uma homenagem no campus da faculdade. Tudo estava lindo, muito dinheiro foi gasto, os estudantes se empenharam bastante e o resultado parecia promissor. Mas alguém notou que na campanha só aparecia a parte nobre do Rio, o que gerou uma enorme polêmica entre os estudantes. No final das contas, um pedido de desculpas resolveu a questão e aqueles alunos certamente obtiveram um diploma de aprendizado.

E para você não achar que  uma hora os problemas acabam, vou contar um caso que aconteceu semana passada. A professora passou um exercício para ser feito em aula. Eu e meu amigo já estávamos com a mão na massa quando uma menina pediu para entrar no grupo. Aceitamos de bom grado, mas enquanto eu e ele resolvíamos as questões, ela, sem nenhum pudor, jogava online pelo tablet.

Eis algumas facetas da vida universitária. Se você for inteligente o suficiente, vai sair de lá mestre em lidar com pessoas sem noção, profissional em desculpar-se por seus erros e chefe em transformar críticas em aprendizado.

Giulia Salgado

Flashlight, Jessie J.

Sou uma dessas pessoas que não vivem sem música. Tanto, mas tanto, que eu gosto de um pouco de tudo: do funk ao rock. Porém, sou seletiva.

Hoje eu trouxe uma música que adoro. Olha, não sei muito sobre a Jessie J., confesso. Mas desde que ouvi essa música pela primeira vez me apaixonei perdidamente. Desculpe-me os fãs, mas é que não sou de me fixar em nomes ou pessoas, prefiro o legado.

 Usarei a tradução para facilitar. É uma letra que fala de amor. Adoro!  <3.

Lanterna

Quando chegar o amanhã, estarei por conta própria
Me sentindo assustada com as coisas que não conheço
Quando o amanhã chegar, amanhã chegar
Quando o amanhã chegar

E mesmo que a estrada seja longa, olharei para o céu
No escuro, eu encontrei a esperança perdida de que não irei voar
Eu canto junto, canto junto
E eu canto junto

Eu tenho tudo o que preciso quando você está comigo
Eu olho à minha volta, e vejo uma vida boa
Estou presa no escuro, mas você é minha lanterna
Você me guia, me guia pela noite

Meu coração dispara quando você ilumina meus olhos
Não dá pra mentir, é uma vida boa
Presa no escuro, mas você é minha lanterna
Você me guia, me guia pela noite

Pois você é minha lanterna
Minha lanterna
Você é minha lanterna

Eu vejo sombras lá embaixo das montanhas
Não tenho medo quando a chuva não pára
Pois você ilumina meu caminho, ilumina meu caminho
Você ilumina meu caminho

Pois você é minha lanterna
Minha lanterna
Você é minha lanterna

Você é minha lanterna
Você é minha lanterna
Você é minha lanterna

(Luz, luz, luz, você é minha lanterna)

INTERPRETAÇÃO DA AUTORA DO NADA ANÔNIMA

Vamos esmiuçar cada palavrinha?

Amiguinhos, sintam a letra e a melodia. Acham que trata-se de um drama? Claro que sim! Daqueles bem profundos e dark. Vamos à primeira estrofe:

Quando chegar o amanhã, estarei por conta própria
Me sentindo assustada com as coisas que não conheço
Quando o amanhã chegar, amanhã chegar
Quando o amanhã chegar

Para interpretar essa primeira parte, precisamos ir um pouco mais adiante, no 6º parágrafo, para ser mais exata. Percebam que o eu-lírico fala de cima de uma montanha.”Eu vejo sombras lá embaixo das montanhas“. A palavra ‘‘ não representa nada mais que a própria distância entre a personagem e as sombras. Guarde essa informação.

Nossa personagem é aparentemente alguém bastante assustada, que viveu nas sombras por conta própria durante muito tempo. Assim, sempre teve que lidar com coisas que não conhece sozinha, o que fez com que ela acreditasse que viveria perdida no escuro para sempre.

E mesmo que a estrada seja longa, olharei para o céu
No escuro, descobri a esperança perdida de que não voarei
Eu canto junto, canto junto
E eu canto junto

Ainda assim, meus caros, nossa personagem evita olhar para baixo da montanha, pois tem medo. E sempre tentou seguir o longo caminho (da vida) olhando para o céu. E foi assim que, mesmo no escuro, ela conseguiu enxergar a luz de uma lanterna (o amor). O que fez com que ela encontrasse a esperança perdida para não voar.

É complexo, eu sei. Mas vamos lá: aqui fica claro, na minha opinião, que o voar equivale a jogar-se da montanha, ou seja, suicidar-se e, desse modo, ficar livre das sombras. Recapitulando, a personagem pensava em se matar quando encontrou o amor e, consequentemente, a esperança perdida de não voar (tirar a própria vida). Não é lindo? Own, s2.

Eu tenho tudo o que preciso quando você está comigo
Eu olho à minha volta, e vejo uma vida boa
Estou presa no escuro, mas você é minha lanterna
Você me guia, me guia pela noite

E então ela começa a falar das mudanças em sua vida e diz que tem tudo o que precisa desde que a lanterna (o amor) surgiu em seu caminho, tornando, portanto, a vida doce. “Eu tenho tudo o que preciso quando você está comigo. Eu olho à minha volta, e vejo uma vida boa“. Mas entenda uma coisa, leitor: ela está presa na montanha. Descer a montanha significa ter que passar pelas sombras, por isso ela segue olhando para cima, onde consegue ver a luz da lanterna. Ela de modo algum está livre das sombras, só está iluminada e distanciada por causa da luz. “Estou presa no escuro, mas você é minha lanterna. Você me guia, me guia pela noite“. Ou seja, se a luz sumir, a sombras tomam conta da personagem novamente. Sacou o raciocínio?

Meu coração dispara quando você ilumina meus olhos
Não dá pra mentir, é uma vida boa
Presa no escuro, mas você é minha lanterna
Você me guia, me guia pela noite

E depois ela diz que seu coração dispara quando a lanterna ilumina seus olhos. Sintoma comum a quem está apaixonado. Ah, amor… É realmente uma vida boa, não dá para negar (palavras do próprio eu-lírico).

Pois você é minha lanterna
Minha lanterna
Você é minha lanterna

Apesar da noite, ela tem uma lanterna para iluminá-la e afastá-la das sombras.

Eu vejo sombras lá embaixo das montanhas
Não tenho medo quando a chuva não pára
Pois você ilumina meu caminho, ilumina meu caminho
Você ilumina meu caminho

E com o amor ela pode enfrentar qualquer coisa: as sombras, a chuva, o escuro, o medo… O amor é forte como a morte, não é mesmo?

E por último justifica tanta coragem e disposição para a vida. “Luz, luz, luz, você é minha lanterna“.

É um pouco deprê, mas não é linda? :’). Eu acho!

Até a próxima, Giulia Salgado.

Conspiração e Poder

conspiração e poder

Esse foi um filme que me surpreendeu muito. Eu A-M-E-I! Simplesmente não conseguia piscar durante as cenas. Só que assim… É um drama, né? Então, se você não gosta de dramas pesados e nem de se emocionar, não se atreva a assistir. Já eu sou louca por dramas bem escritos, por sofrimento e por personagens que chegam ao fundo do poço. Gosto de ver as lágrimas rolando e de chorar também, entende? 😉 [ou melhor, 😦]

Vamos à ficha técnica:

Nome: Conspiração e poder
Nome Original: Truth
Origem: EUA
Ano de produção: 2015
Gênero: Drama, Biografia
Duração: 121 min
Classificação: 14 anos
Roteiro: James Vanderbilt
Direção: James Vanderbilt
Elenco: Cate Blanchett, Robert Redford, Dennis Quaid, Topher Grace, Elisabeth Moss, Bruce Greenwood, Dermot Mulroney, Stacy Keach.

Sinopse: Mary Mapes (Cate Blanchett) é produtora do ’60 minutos’, da CBS News, quando cai em suas mãos a informação de que o então candidato a presidência dos Estados Unidos, George W. Bush, estava entre os muitos jovens privilegiados que usaram de sua influência para fugir da Guerra do Vietnã. O furo jornalístico, no entanto, logo é visto como uma fraude por outros veículos de comunicação, o que imediatamente traz grandes problemas para a produtora e seus colegas de trabalho.

Trailer:

Ao contrário de  Spotlight (vencedor do Oscar de melhor filme em 2016), Truth conta uma história de fracasso do jornalismo. Os dois filmes são baseados em fatos reais.

Mary Mapes é uma ambiciosa produtora que não pensa duas vezes antes de trocar os momentos de lazer com a família pelo trabalho. Na CBS News, ela é reconhecida por seus colegas de trabalho como uma profissional competente e de sucesso.

Em 2004, pouco antes das eleições presidenciais, cai nas mãos de Mapes a informação de que o então candidato ao segundo mandato na Casa Branca, George W. Bush, teria aproveitado-se de sua influência para fugir da sangrenta Guerra do Vietnã – onde milhares de soldados americanos morreram.

Obviamente, a notícia caiu como uma bomba para os cidadãos americanos, fazendo com que a reportagem ganhasse grandes proporções e fosse reproduzida por todos os outros veículos de comunicação. O que parecia ser um grande furo, no entanto, revela-se uma catástrofe quando a veracidade das provas passam a ser questionadas.

Numa reviravolta de tirar o fôlego, Mary Mapes e seus colegas de trabalho começam então uma corrida contra o tempo para provar que as afirmações da reportagem são verídicas.

Opinião:

O primeiro elogio vai para a trama. O filme, na sua totalidade, prende o telespectador. Inicialmente, notamos os personagens como grandes profissionais, venerados por seus colegas, intocáveis e sem possibilidade de errar. A reviravolta, portanto, é espetacular e ao mesmo tempo chocante. É possível sentir na pele o desespero deles ao ver suas carreiras desmoronar.

Em segundo lugar, o que é Cate Blanchett interpretando Mary Mapes? Vou fazer uma reunião para entender por que ela não foi indicada ao Oscar por esse filme. Ela está maravilhosa. Sem mais! Impossível não reconhecer que ela é uma puta atriz. Atrevo-me a dizer que é o melhor papel dela, superando sua performance em ‘Carol’, ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’, entre outros.

Terceiro: Robert Redford no papel de Dan Rather também foi um arraso. Não consigo pensar em outro ator para dar vida ao personagem. Quanto talento! Preciso destacar a relação de amizade evidenciada no filme entre os dois personagens (Mary Mapes e Dan Rather), que mesmo em meio as dificuldades não culpam um ao outro pelo o fracasso da reportagem. Os diálogos envolvendo esses dois são verdadeiramente emocionantes.

Para mim, as criticas ruins acerca do filme não se sustentam. Não é porque o filme conta uma história de fracasso que ele não pode ser bom. Outra coisa: é uma história real baseada num livro. Assim, é lógico que vai ser contada do ponto de vista da autora. E por último, achei melhor que Spotlight. Morra, Academia.

Assistam! É muito, muito bom. 🙂

Giulia Salgado

21 segredos que os caras que namoram baixinhas não vão te contar

1. Suas jaquetas/camisetas ficam enormes na sua namorada, mas mesmo assim ela gosta de usar porque é muito confortável.

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2. E você não pode nem ficar com raiva delas porque elas são tão fofinhas.
“Você não pode pegar todas as minhas jaquetas mesmo que você seja… tão… aaah, aqui, pega! Pega tudo!”

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3. Você consegue pensar numa quantidade enorme de apelidos vindos de filmes e livros de fantasia para ela.
Fada, gnomo, hobbit…

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4. Você não precisa ser muito forte para conseguir carregá-la, o que faz com que você se sinta praticamente um guerreiro espartano.
Exceto pelo tanquinho. O tanquinho você não tem.

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5. Às vezes as pessoas ficam olhando para você de um jeito estranho…
Sim, esse relacionamento está dentro das fronteiras da lei. Não, eu não sou um velho safado. Na verdade, ela é mais velha que eu.

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6. Sua namorada sempre vai precisar mostrar a identidade em uma balada, já que ela parece ter 12 anos.

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7. E quando você estiver em uma boate, é melhor ficar de olho nela porque ela é bem difícil de encontrar caso você a perca no meio da multidão.

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8. Ser a parte grande da conchinha é ótimo.
É como se você encontrasse a peça que faltava.

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9. Ser a conchinha pequena é até melhor, já que você está essencialmente usando um jetpack humano.
Adicione alguns efeitos sonoros para aprimorar a sua experiência de dormir de conchinha.

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10. Apesar do tamanho da sua namorada, ela ainda consegue ocupar a cama inteira e roubar toda a coberta para ela.
É como dormir com um polvo. Ela parece não ter oito braços, mas no escuro a situação muda.

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11. E boa sorte se você for tentar pegar a coberta de volta.
Ela pode ser pequena, mas meu Deus do céu, ela é forte até dormindo. Você está dormindo com uma versão em miniatura do Hulk.

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12. Às vezes, o seu pescoço e suas costas doem de ter que ficar olhando para ela lá em baixo o tempo todo.

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13. Ou talvez isso aconteça porque ela está sempre te usando como meio de transporte…
Somos mais baratos do que o ônibus. O único preço a se pagar é a coluna.

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14. É até justo, já que sua namorada tem que dar dois passos para cada um de uma pessoa com tamanho normal.
Se bem que Frodo e Sam chegaram em Mordor sozinhos, então…

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15. Você sempre sabe que ela usou o chuveiro.
E se você tirar o chuveiro do alcance dela, pode ter certeza de que você está perdido.

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16. Você recebeu o título de “Pegador de Objetos em Prateleiras Altas”.
Temos que ter uma capa. Eu acho que merecemos uma capa.

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17. Suas ideias sobre o que constitui uma refeição podem ser um pouco diferentes das dela.
Uma única batata cozida não é uma refeição. Uma batata vem junto com uma refeição.

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18. Mas quando a sua namorada pede porções de gente de tamanho normal, você sempre come as sobras.
Cuidado: você vai ganhar peso. Ela vai dizer que isso é porque você está feliz, mas isso é uma artimanha. Elas são adoráveis e pequenininhas e estão matando você.

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19. Quando vocês se abraçam, às vezes você queria que ela tivesse seu tamanho e você tivesse o dela.
Olha como é aconchegante! Eu gostaria de ser envolvido pelos braços e ter a minha cara enfiada no peito de outra pessoa.

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20. Às vezes, parece que o topo da cabeça dela foi especificamente feito para ser o seu descanso de braço opcional.
Se você fizer isso, eu te garanto duas coisas: 1) Nada vai deixar ela mais furiosa. 2) A piada nunca vai ficar velha.

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21. Você vai sempre ficar impressionado com o fato de tanto talento, humor, inteligência e amor caberem num pacote tão lindamente pequeno.
É sério, onde ela coloca tudo isso?

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Astrologia

Uma dúvida muito particular que tenho sobre mim mesma é o quanto acredito em Astrologia. De fato, sempre leio sobre a personalidade dos signos e já até fiz meu mapa astral. Contudo, nem tudo me atrai nessa ciência. Tanto que não acredito muito naquilo de horóscopo diário.

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Considero-me uma mulher mística e muito intuitiva, sendo que em alguns momentos da vida tive a impressão de prever momentos que aconteceram nela. Também sou capaz de apanhar sentimentos no ar. Quase nunca erro! Considero-me um ser humano sensível.

Meu signo? Peixes. E me identifico muito com ele, as vezes. Segundo a Astrologia é um signo indeciso, humanista, sensível e disposto a sacrifícios. Tudo no extremo. Parece que esse não é um signo de meios termos.

Tudo me leva a crer que é verdade. Depois de 24 anos de existência, creio que descobri muito sobre mim. É certo que demoro a decidir algo, ainda que importante e urgente. E mesmo quando decido, acabo questionando se era aquilo mesmo que eu queria.

Também sou humanista. Muito! Eu diria que é verdade que não sou adepta do Feminismo, mas também não sou contra ele. Gosto da sensação de não lutar por esse ou aquele grupo, e sim por todos. Nesse sentido, acabo tendo algo de feminista correndo em minhas veias, porém jamais de forma radical e exclusiva.

Como já disse, sou sensível. Sinto o mundo e as pessoas de uma forma bem particular. E geralmente estou disposta a sacrifícios, a ajudar, a ouvir e a perdoar. E simplesmente não entendo quando o mesmo não é retribuído. Sim, não entendo e até sofro, pois piscianos têm esse lado dramático.

A-S-T-R-O-L-O-G-I-A. As vezes acredito, as vezes não. Essa indecisão, no final das contas, deve ser coisa de pisciano.

Peço a você que viva

Afinal, o que é a vida senão um breve momento que a qualquer instante pode acabar?

viva

Rogo a você: não conte com a certeza de outras vidas (com nenhuma certeza, aliás). Esforce-se para ser feliz nessa. Realize sonhos, construa relações sólidas e faça bons amigos, ainda que poucos. Ame o próximo, evite brigas inúteis e tenha memória fraca para as coisas ruins e memória forte para as coisas boas. Seja a luz, seja o especial, seja o diferente. Seja inspirador, seja honesto, seja você mesmo. Lute pelos ideais humanistas, pelas artes, pela bondade. Lute pelo que acha certo, mas também saiba reconhecer quando estiver errado. Viva, enquanto é possível.

Viver verdadeiramente é um esforço diário.

Giulia Salgado

Migas, alguns conselhos

Tenho várias amigas e sempre tento ajudá-las com conselhos. Tem a que troca de namorado todo mês, a sofredora, a briguenta, a que não se valoriza, a que ama e desama na velocidade da luz, a chata… Então, veja em qual você se encaixa e seja como uma esponja: absorva.

 

mulheres

Miga, vou baixar a conselheira agora. Sinto que o seu caso é urgente!

Sei que você paga de solteirona feliz, mas tem a maior vontade de ter um mozão pra vida inteira. Lembro do dia que me perguntou triste o porquê de nunca dar certo com alguém. Observei seu comportamento e tenho uma teoria sobre os seus relacionamentos não durarem mais que 1 mês. É o seguinte: você é muito insegura. Ninguém, seja homem ou mulher, atura um parceiro inseguro por tanto tempo. Deixa de ser louca! Eu acho que se ele realmente quiser trair você, não vai fazer diferença nenhuma você ficar em cima, seguindo e dando pressão no namo. Sério, valorize-se. As pessoas, principalmente do sexo masculino, gostam de gente autoconfiante, que sabe o seu valor. Ciúme é bom, mas na medida certa. Quando alguém passa do limite (e você sempre passa), a pessoa acaba achando você paranoica e desinteressante. Com razão, né? Ninguém aguenta tanta cobrança. Melhore!

E você, sofredora, tá mesmo achando que vai escapar do sermão? Não senhora, sente aqui e vamos conversar. Miga, você tem que parar de achar que vai casar com todo homem que beija. A vida não é assim! As pessoas costumam passar por diversos relacionamentos antes de encontrar o verdadeiro mozão. Sem falar que essa descoberta demora um pouquinho, mais ou menos entre 2 e 4 anos – e não uma semana! Outra coisa: viva a sua vida. Pára de se anular e viver em função do outro. Ah, não gosto e nem aprovo esse seu comportamento. Pelo visto, nem os carinhas que você se envolve, né? Então, só pára. Logo!

E você fica aí rindo das outras, mas também não é perfeita! E já vai querer ficar de mal comigo porque é uma briguenta e não aguenta ouvir a verdade. Mulher, olha, os caras que embarcam num relacionamento com você estão de parabéns. Não é fácil! O cara é bonzinho, vive fazendo o possível pra agradar você e o que ele ganha em troca? Brigas e mais brigas. Eu acho isso muito chato. Sem falar que é desgastante. Vou dizer uma coisa: não tem amor que resista. Amor acaba, toma cuidado! Sem falar que é muito chato quando a gente sai de galera e vocês estragam o clima do rolé com tantas discussões. Pare já com isso, por favor.

Menina, o seu caso é um mistério para mim. Como é que alguém se apaixona e desapaixona tão rápido? Olha, nem sei direito o que dizer para você. Acho que você deve tentar criar menos expectativa e ficar menos empolgada em seus inúmeros relacionamentos para evitar frustrações. Sei que toda mulher quer um cara gente boa, mas preciso falar a verdade: ele é legal, não perfeito. “Menas”, tá?

Agora, você me dá nervoso. Miga, você não é de se jogar fora. Uma mulher inteligente, bonita, legal… Diversas qualidades, então por que não se valoriza? Vou convocar um reunião para tentar entender isso. Pára de superestimar esses carinhas, eles também não são perfeitos! Você com esse seu jeito estraga a relação. Repito: as pessoas gostam de autoconfiança. Ficar se botando para baixo não rola! Se ele tá se envolvendo é porque, no mínimo, acha você atraente. Vamos melhorar essa autoestima?

Tem mais tipos, claro. Mas vou guardar o resto para outro dia. Beijos!